1 Junho 2017
Boas práticas

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Green Textiles Club pode passar a marca de sustentabilidade e valor

Terminada a fase de criação do grupo de empresas comprometidas com os valores da sustentabilidade, o Green Textiles Club prepara-se para dar um passo em frente e constituir-se como marca e selo de garantia a usar pelas empresas aderentes. “Perante conclusões tão positivas e tantas empresas interessadas, temos um repto pela frente que é o de dar continuidade ao projecto. Estudar a possibilidade de que o Green Textiles Club passe a constituir-se como marca e selo de garantia de valor e responsabilidade das empresas aderentes é um caminho que certamente teremos que explorar”, disse o director-geral da ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, Paulo Vaz, ontem, na sessão de encerramento do projecto.

O encontro serviu para lançar o “Guia de Boas Práticas de Sustentabilidade”, documento que estabelece os critérios de sustentabilidade, quer de natureza ecológica, económica e social, quer de natureza cultural, com que as empresas se devem comprometer. O documento estará a partir de hoje acessível no site da ATP, exemplifica também muitas das boas práticas adoptadas pelas empresas aderentes.

“Muitas dessas práticas até já existiam mas não eram valorizadas, faltava olhar para elas com vista à certificação”, revelou a responsável do Citeve envolvida no projecto, Assunção Mesquita, reforçando a representante da ATP, Ana Paula Diniz, “que o forte compromisso das empresas com os valores da sustentabilidade é uma realidade instalada no terreno e uma preocupação permanente das empresas”.

O Guia encontra-se dividido em três partes fundamentais: a primeira parte aborda o projeto Green Textiles Club e sua intervenção, a segunda parte é dedicada às empresas aderentes e a terceira parte é relativa às BPS (Boas Práticas de Sustentabilidade) identificadas no projecto, com referência a cada uma delas.

Por parte das empresas aderentes, foram destacados os ganhos económicos e no ambiente de trabalho e cultura das instituições, mas sobretudo o apoio e vantagens na relação com os clientes. “Temos sectores de negócio em que o cliente só compra produto sustentável, quantos mais rótulos mais fácil fica o negócio”, disse Agostinho Afonso da Têxtil Penedo. Uma ideia reforçada por Laurinda Campos, da Cordeiro Campos & Cª (“o cliente exige e está atento às boas práticas”) e Miguel Rodrigues, da Pedrosa & Rodrigues: “A responsabilidade social  diferencia perante os clientes, que estão cada vez mais atentos isso, e a sustentabilidade não é hoje uma vantagem competitiva mas antes condição de negócio”.

O Projeto Green Textiles Club teve como principal objectivo a promoção da competitividade das PME da ITV, através da criação de um clube de empresas sustentáveis, para a troca de experiências, definição de estratégias comuns ao setor, dinamização da certificação STeP (Sustainable Textile Production) by Oeko-Tex® e da incorporação da gestão da qualidade e gestão de risco (ISO 9001:2015), com vista ao desenvolvimento sustentável nas empresas, em áreas já existentes ou em novos nichos de actividade da ITV.

Promovido pela ATP e com o apoio técnico do CITEVE teve apoio financeiro do Portugal 2020 e FEDER.

Empresas que aderiram ao Green Textiles Club:

-António Salgado & C.ª, Lda

-Sampaio & Filhos – Têxteis SA

-Bê−Dex Têxteis, Lda

-Carcemal – Malhas e Confecções, Lda

-Clariause – Tinturaria e Acabamento de Fios, SA

-Conceição Pereira & Carvalho, Lda

-Cordeiro Campos & C.ª, Lda

-Domingos de Sousa & Filhos, S.A.

-Lopes & Carvalho, Lda

-Pafil Confecções, Lda

-Pedrosa & Rodrigues, SA

-Silsa Confeções, SA

-Sonicarla Europa – Têxteis, SA

-Tapa Costuras – Produção e Comércio de Vestuário, Lda

-Têxteis Penedo, SA

-Têxtil Sancar, Lda

-Trotinete, Lda

 

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