02 maio 24
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A importância da Diplomacia Económica na internacionalização das PME

A Universidade Fernando Pessoa, sentou à mesa Ana Dinis, diretora-geral da ATP, Paulo Vaz, vice-presidente executivo da AEP, Gualter Morgado, diretor-executivo e gestor de projetos da APIMA, e Rafael Rocha, diretor-geral da CIP, para dizerem, com base na sua experiência, como pode a diplomacia económica apoiar a internacionalização das PME.

Esta mesa-redonda, realizada no âmbito do 2.º Congresso Internacional de Ciência Política e Relações Internacionais (CICPRI) da Universidade Fernando Pessoa (UFP), subordinada ao tema “Diplomacia Económica”, que decorreu no passado dia 22 de abril, no Porto, foi moderada por João Pereira, jornalista e coordenador de informação do Porto Canal ofereceu uma visão abrangente e crítica da evolução da diplomacia económica em Portugal, reconhecendo os progressos alcançados, mas também identificando áreas para melhorias futuras. Enquanto Portugal continua a enfrentar desafios económicos e geopolíticos, é essencial que o país adote uma abordagem proativa e estratégica para promover o crescimento sustentável e a prosperidade das suas empresas no cenário internacional. “O têxtil é um sector que vive para o mundo, vive para as exportações, vive para a internacionalização e tem vindo a fazer um trabalho muito grande, do ponto de vista da internacionalização”, garantiu Ana Dinis.

Um dos principais obstáculos para as PME é a falta de recursos e experiência para competir internacionalmente. O acesso a informações e recursos desempenha um papel crucial na jornada de internacionalização das PME. Hoje, com o advento da internet e da tecnologia digital, há uma abundância de informações disponíveis sobre mercados internacionais, potenciais clientes e canais de distribuição. No entanto, é essencial que as PME saibam como navegar nesse vasto oceano de dados e identificar as informações relevantes para sua estratégia de internacionalização. “Temos de distinguir entre aquilo que são processos de internacionalização e processos de exportação. É muito importante”, sublinhou Rafael Rocha. “Exportar: continuamos na nossa casa, passo a expressão, e mandamos contentores para outros países com aquilo que são os nossos produtos. Internacionalizar é, digamos, a verdadeira tarefa hercúlea da capacidade de uma empresa de se afirmar: que é conseguir estabelecer-se num outro mercado, conhecer a cultura desse mercado, contornar as dificuldades desse mercado e impor-se entre os melhores. Isso é o que temos de fazer na nossa economia: internacionalizar mais empresas portuguesas», explicou.

A colaboração e o networking são também elementos-chave para o sucesso das PME na internacionalização. Ao se unirem a associações setoriais, agências governamentais e outras empresas, as PME podem aproveitar recursos compartilhados, conhecimentos especializados e oportunidades de cooperação. A troca de experiências e melhores práticas também é fundamental para acelerar o processo de internacionalização e minimizar os riscos envolvidos. No entanto, é importante reconhecer que a internacionalização é um processo gradual e que exige tempo, esforço e dedicação, apontaram os intervenientes.

Embora as PME enfrentem desafios significativos ao expandir suas operações globalmente, também estão bem posicionadas para aproveitar as oportunidades que o mercado internacional oferece. Com uma abordagem estratégica, acesso a recursos adequados e colaboração eficaz, as PME podem trilhar com sucesso o caminho da internacionalização e alcançar novos patamares de crescimento e sucesso empresarial. “Olhamos para o nosso setor têxtil e vestuário e acreditamos que tem um conjunto de valores, que gostaríamos que estivessem associados à marca Portugal e, na maior parte dos casos, intrinsecamente estão», acrescentou Ana Dinis.

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