Maria Monteiro
‘Experiência Generativa de Busca’ é o nome dado ao ensaio que está a ser feito pela Google para testar a inteligência artificial (IA) na compras de artigos moda. O objetivo é o de melhorar os resultados de pesquisa, para fazer o ‘match’ entre compradores e vendedores de uma forma mais ágil e intuitiva.
O projeto ocorreu num momento em que os gigantes da venda de moda estão cada vez mais a recorrer à IA através de assistentes virtuais. O Google já gere mais de mil milhões de sessões diárias de compras com milhões de produtos, sendo o vestuário uma das categorias mais pesquisadas. Mas pesquisar itens pode ser complicado, especialmente quando não se sabe como colocar em palavras exatamente o que o consumidor está à procura. A IA visa corrigir esse problema para tornar as pesquisas mais rápidas e fluidas.
No início deste ano, o ChatGPT da OpenAI (que também é apoiado pela Microsoft) superou o Google nas grandes manchetes de IA, e a oferta do Google Bard saiu mal nas comparações. Mas, considerando que o Google tem feito grandes investimentos em IA há quase uma década, esse último movimento não é uma reação automática e o teste da tecnologia para compras não é nenhuma surpresa. Exemplo disso, foi quando a empresa já usou IA para alimentar o Google Lens, que ajuda os utilizadores nas pesquisas usando texto e imagens.
Lilian Rincón, diretora de Compras, disse em comunicado citado pela Fashion Ntework, que “o nosso objetivo de longo prazo é fornecer formas mais naturais e intuitivas de obter recomendações de produtos e tomar essas decisões de compra da mesma forma que um ‘personal shopper’ ou ajudar como um assistente de loja especializado”.