04 outubro 22
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Gigantes da moda acumulam stock para suprir falhas

No final do primeiro semestre deste ano, Inditex, H&M e Gap, os três maiores grupos de distribuição de moda do mundo, tinham um total de 11,2 mil milhões de euros em stock, cerca de 35% mais que no mesmo período de 2021, antecipando possíveis novas interrupções na cadeia de fornecimento.

O maior aumento anual foi o da Inditex, que aumentou as mercadorias em armazém em 43,27%, para 3.672 milhões de euros em 31 de julho. O grupo galego garante que o stock corresponde a uma antecipação no seu calendário de compras. “Dadas as possíveis tensões na cadeia de abastecimento no segundo semestre de 2022, a Inditex antecipou as entradas de inventário da campanha outono-inverno”, explica o grupo em comunicado.

“A procura de proximidade continua a ser uma parte fundamental da nossa proposta”, esclareceu Marcos López García, diretor de mercado de capitais da Inditex, na apresentação dos resultados semestrais do grupo.

Por sua vez, a H&M também registou o aumento do stock: “os nossos pedidos foram antecipados para compensar os atrasos”, explica o grupo, embora acrescente que a nova estratégia de compras também tenta escapar ao previsível aumento dos custos dos fretes aéreos.

Em 31 de agosto de 2022, no final do terceiro trimestre do ano, o segundo maior grupo de distribuição de moda do mundo tinha um stock de 4.329,7 milhões de euros, o que representava um crescimento ano a ano de 27,9 %.

“Aumentámos os níveis de stock para que não haja repercussões no quarto trimestre”, disse Adam Karlsson, diretor financeiro da H&M, na apresentação do relatório do grupo sueco.

No caso da Gap, o aumento dos níveis de stock deve-se principalmente a produção não vendida de temporadas anteriores e que o grupo terá de vender em promoção ou com desconto. Em 30 de julho de 2022, o terceiro maior grupo de distribuição de moda do mundo tinha 3.197,8 milhões de euros em mercadorias, o que representa um crescimento de 37,4% em relação à mesma data de 2021.

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