29 outubro 19
Oferta pública

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Gigante LVMH quer comprar a Tiffany

O conglomerado francês de luxo LVMH, dono de marcas como a Louis Vuitton, Dior ou Céline, ofereceu 13 mil milhões de euros para juntar mais uma marca ao seu extenso portefólio, desta vez a Tiffany – através de uma oferta pública de compra que oferece 108 euros por ação. A empresa norte-americana, listada na Bolsa de Nova Iorque, ainda não se pronunciou sobre a oferta, mas os 108 euros oferecidos por ação são 21,6% mais que os 88,8 euros registados no fecho do mercado na passada sexta-feira.

A LVMH confirmou o interesse na operação, mas afirmou também que “não se pode garantir que as negociações resultem em qualquer acordo”. A Tiffany seria a primeira compra da LVMH depois da aquisição da Belmond (gestão hoteleira) e permitiria acrescentar aos eu universo marcas e iria juntar-se ao porte fólio das jóias do conglomerado, composto pela Bulgari, Hublot e Tag Heuer.

A LVMH encerrou os primeiros nove meses do ano com um volume de negócios de 38,4 mil milhões de euros, 16% a mais do que no mesmo período do ano passado. Ao contrário, a Tiffany encerrou o primeiro semestre com uma queda de 3% na faturação, para 1.848,2 milhões de euros, ao mesmo tempo que os resultados (235,1 milhões de euros) desceram 9%.

A sucessão de compras do grupo francês é impressionante. A primeira delas foi a aquisição da Givenchy em 1988, seguida pela compra da Berluti cinco anos depois, em 1993. No mesmo ano, a empresa adquiriu o negócio Kenzo, fundado em 1970, numa operação avaliada em 72,1 milhões de euros.

Um ano depois, lançou-se no negócio de perfumes e cosméticos com a compra da Guerlain, fundada em 1828, que mais tarde se expandiu com a aquisição da Sephora em 1997. Em 1996, o conglomerado comprou a espanhola Loewe e a francesa Céline, por 487 milhões de euros e, um ano depois, adquiriu os negócios da nova-iorquina Marc Jacobs.

A compra da Tag Heuer, especializada em jóias, por cerca de 700 milhões de euros sucedeu em 1999, bem menos que o que custou a italiana Bulgari: quase seis mil milhões em 2011. Em 2013, o grupo adquiriu uma participação de 80% na empresa italiana Loro Piana por 1,8 mil milhões.

Emilio Pucci, Rossimoda, Fendi, Thomas Pink, Edun, Monuuat, DKNY, Nicholas Kirkwood, JW Anderson e Repossi, são outras aquisições que o conglomerado concretizou, antes da sua grande aposta: a compra da Dior há dois anos, ao grupo Arnault, pelo valor de 13,1 mil milhões de euros.

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