Ana Rodrigues
As devoluções de compras nunca irão desaparecer, mas a Geração Z devolveria menos se os retalhistas de moda adotassem uma melhor comunicação sobre a pegada de carbono em todas as etapas do percurso da peça comprada, segundo dados coligidos pela plataforma de inteligência artificial True Fit.
Segundo aquela fonte, o grupo demográfico da Geração Z (idades entre os 11 e os 26 anos) está à espera que as credenciais sustentáveis de uma peça de roupa sejam claramente declaradas na etiqueta e considera-se disponível (mais de 30%) para contribuir para a diminuição da pegada ecológica do que decide vestir.
Cerca de 25% dos inquiridos dizem que as marcas devem exibir o ‘preço’ de CO2 de cada item, juntamente com o preço da loja, para ajudá-los a tomar decisões de compra. Mais ainda, 62% dos entrevistados da Geração Z acredita que os retalhistas poderiam ajudá-los a comprar de forma mais sustentável: descartando a fast fashion ou adotando coleções de slow fashion, com roupas fabricadas de forma mais sustentável e duradoura.
Com 23 milhões de peças de roupa enviadas para aterros sanitários ou queimadas no ano passado (segundo o British Fashion Council), o estudo da True Fit descobriu que os consumidores sustentáveis da Geração Z devolveriam menos se estivessem cientes do ‘custo’ de carbono associado à sua devolução. Desses, 21% concordam que estar ciente das emissões de carbono associadas à devolução da moda online os encorajaria a devolver menos.
E cerca de 33% dos compradores da Geração Z querem que os retalhistas dificultem a devolução de itens para reduzir a sua pegada de carbono, enquanto 65% acreditam que informações mais assertivas sobre tamanho ou recomendações personalizadas de ajuste os ajudariam a escolher o item que melhor responde às suas necessidades, garantindo assim menos devoluções.