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As diversas perturbações nas cadeias de abastecimento têm levado ao ressurgimento de políticas mais protecionistas, o que tem despertado o interesse pela deslocalização da indústria, mas o FMI emitiu um parecer onde recomenda em alternativa uma maior diversificação para melhorar a resiliência.
“A maior diversificação das cadeias de abastecimento reduz a volatilidade caso vários países sejam afetados por choques de oferta”, afirma a entidade na sua última análise. No entanto, o FMI admite que a proteção proporcionada pela diversificação é “pouca” se todas as economias forem afetadas pelo mesmo fenómeno ao mesmo tempo, como sucedeu nos primeiros quatro meses da pandemia.
Outra das estratégias que estão no topo da agenda e que o FMI descarta como acertada é o chamado friendhoring – a transferência das indústrias para países aliados – prática decorrente da guerra na Ucrânia. Ora, diz o FMI, essa prática aumento as tensões geopolíticas e não deve ser opção.
Para atingir o objetivo de agilizar a cadeia d abastecimento, a organização propõe dois métodos: flexibilizar a produção ou padronizar consumos a uma escala internacional. A tudo isto acresce a recomendação de que os governos disponibilizem informação credível e prática, para que as empresas possam tomar decisões mais estratégicas e de forma rápida.
“Há espaço para reduzir as barreiras não tarifárias, o que daria um impulso considerável à economia no médio prazo, especialmente nos mercados emergentes e países em desenvolvimento”, diz o FMI.