04 maio 22
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“É preciso atuar sobre as causas dos problemas”

A AEP apresentou no seu aniversário, 3 de maio, um detalhado estudo sobre aquilo que diz serem as prioridades para o desenvolvimento da economia, mas o presidente da ATP considera que é preciso “atuar sobre as causas dos problemas”. “Não podemos confundir as consequências com as causas”, afirma Mário Jorge Machado. Não vale a pena estabelecer uma agenda de soluções se as causas primárias do crescimento da economia se mantiverem estáticas – sob pena de invariavelmente falhar qualquer tentativa de mudança do paradigma, afirma.

Neste capítulo, Mário Jorge Machado identifica “as leis que induzem comportamentos contrários ao desenvolvimento da economia” como a frente de ‘combate’ para onde devem convergir as alterações. E enumera as que, no seu entender, mais carecem de mudança: “a fiscalidade, que não é amiga do investimento, a lei laboral portuguesa, uma das mais inflexíveis da Europa, a educação”, que não faz o casamento entre o saber e a aplicação prática desse saber.

Salientando que “não é preciso inventar nada”, Mário Jorge Machado regressa ao exemplo da Irlanda, “que nos anos 80, não foi assim há tanto tempo, era uma economia paupérrima, sendo hoje das que mais cresce na Europa”. Talvez valha a pena olhar com atenção a forma como o país mudou as causas primárias daquilo que até então era a sua endémica incapacidade de crescimento.

Quanto ao estudo ontem apresentado, para a associação liderada por Luís Miguel Ribeiro, o desenvolvimento da economia deve passar por dois “eixos de intervenção para desbloquear o potencial de crescimento”, que são basicamente dois: “a correção de debilidades estruturais e custos de contexto (com metas para 2030); e os aceleradores transversais do crescimento sustentável”.

O estudo, denominado ‘Do Pré ao Pós pandemia: Os novos desafios’, em que é analisada toda a envolvente que, nos últimos tempos, de forma direta ou indireta tem tido impacto na atividade empresarial, pretende também projetar soluções para o futuro. Com um objetivo explícito: “colocar Portugal no Top dos 15 países mais desenvolvidos da União Europeia em 2030”.

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