21 Março 22
Moda

Mariana D'Orey

Edição 50 do Portugal Fashion marcada pela ousadia

A 50ª edição do Portugal Fashion, que se despediu dos amantes da moda este sábado na Alfândega do Porto, depois de quatro dias marcados por dezenas de desfiles, já está a deixar saudades. Depois de dois anos mais condicionados à custa da pandemia, a edição 50 do evento de moda portuense provou a vitalidade e a ousadia da indústria da moda.

Foram muitas as novidades que pautaram a última edição do Portugal Fashion, mas talvez o regresso de Pedro Pedro tenha sido a mais aguardada de todas: foi passado três anos de ter feito uma pausa na moda que o designer nacional regressou na passada sexta-feira às passerelles.

Pedro Pedro apresentou ‘Huge ever groing pulsating brain’, uma coleção em que explorou as questões de géneros e diferentes identidades em peças versáteis e intemporais. Quanto à palete de cores foi dominada pelo preto, castanho e cru, mas também pelos apontamentos quentes do laranja ou do verde.

Também na sexta-feira a marca Pé de Chumbo quis surpreender ao levar à Alfândega do Porto uma coleção de t-shirts especial de apoio à Ucrânia. As peças foram criadas em parceria com o artista urbano italiano Fiumani e os lucros das vendas reverterão na totalidade para a Cruz Vermelha, em apoio às vítimas do conflito que assola o território ucraniano.

Já o último dia do Portugal Fashion, sábado, ficou marcado pela viagem até ao Ateneu Comercial do Porto, edifício com mais 150 anos que combinou o ambiente da antiga burguesia portuense com as tão aguardadas propostas de Diogo Miranda, a celebrar 15 anos de carreira e Ernest W. Baker, numa apresentação marcada pelos tecidos florais.

Questões de género, a guerra na Ucrânia e reflexões mais naturalistas e filosóficas marcam a edição 50 do Portugal Fashion que se despede assim dos amantes da moda com um balanço positivo e um entusiasmante “até já!”.

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