Maria Monteiro
Realizado no início do mês na sede das Nações Unidas em Nova Iorque, o ‘Conscious Fashion and Lifestyle Network’ reuniu mais de 150 stakeholders, destacando soluções sustentáveis e esforços para avançar na implantação dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis) da ONU.
Alguns dos assuntos abordados nos painéis foram as parcerias da indústria para ações transformadoras, as condições de trabalho decentes e o crescimento económico e o seu impacto climático. Certificações orgânicas que monitorizam a produção de matérias-primas como o algodão e ajudam a proteger a terra (ODS 14 e 15) e a certificação B-Corp que oferece rastreamento total da cadeia de produção (ODS 8 e 12) estiveram também em destaque.
Apelando para o poder coletivo da moda, o Embaixador Alexander Marschik, representante permanente da Áustria na ONU, fez um apelo à ação num comunicado: “Temos oito anos para concluir os ODS, ou seja, 32 temporadas regulares de moda. Não é muito tempo, mas com ajuda – com o envolvimento ativo de líderes da indústria, ícones culturais, imprensa influente – o sector da moda e estilo de vida podem fazer a diferença, uma contribuição real para curar o planeta e torná-lo habitável para as futuras gerações. Isso não seria uma tendência local, nem uma coleção sazonal, nem uma bolha de fast fashion. Isso seria uma verdadeira declaração de moda global”.
Entre muitas outras presenças, Patrick McDowell, diretor de design sustentável da Pinko, afirmou que “provámos em escala global que podemos redesenhar e refazer as peças de roupa e tecidos da última temporada numa coleção comercialmente viável. E neste momento, isso é muito importante”.