26 Outubro 18
Indústria

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É a sustentabilidade, estúpido!

Há uma nova era no horizonte da indústria e a velha máxima de que é a economia que guia os gestores e decisores pode estar a ficar ultrapassada. É a sustentabilidade, estúpido! Esta poderá bem ser a nova máxima. Pelo menos assim acreditam 78% dos gestores ouvidos num estudo global da Mackinsey para a ITV, apontando que em 2025 será a sustentabilidade a guiar as opções dos consumidores.

O futuro passa, assim, pela sustentabilidade e a indústria está obrigada a dar resposta às exigências éticas e ecológicas dos consumidores. Esta é uma certeza que a Mackinsey destaca para uma nova era na vida da ITV, que será marcada também pela automação e proximidade.

A corrida à Ásia e à mão de obra barata está ultrapassada como fator de competitividade, concluiu o estudo da maior consultora mundial, que se baseia na resposta de 188 gestores e empresários do sector. Estamos na viragem para uma nova era onde a rapidez e proximidade são factores críticos, mas a indústria está sobretudo obrigada a procurar respostas ecologicamente mais responsáveis.

Perante o questionário da McKinsey, 78% dos inquiridos afirmou que em 2025 a sustentabilidade será um factor decisivo no comportamento dos consumidores e a responsabilidade ecológica é mesmo apontada como a trave mestra de toda a indústria de futuro e acaba por justificar os restantes factores: a aposta em mercados mais próximos vai permitir uma diminuição do stock excedente e do consumo de combustível e a automação pode servir para um maior aproveitamento das matérias-primas e uma aposta em vestuário com um ciclo de vida mais prolongado.

Mas para além de previsão, são ainda apontados os primeiros passos para a entrada na indústria do futuro. Os empresários devem investir na captação de recursos humanos qualificados, capazes de fazer a transição para uma indústria mais robotizada e informatizada, e devem reformular a sua rede de parceiros e fornecedores, de forma a dar uma resposta cada vez mais rápida e ágil.

O estudo da McKinsey, que pode ser lido na íntegra aqui, não termina sem deixar um aviso a todos os agentes do sector: o futuro é agora e as medidas devem ser tomadas para ontem.

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