11 abril 19
Industria 4.0

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Como manter a cabeça fora de água, segundo Lectra

Em ‘The times they are a changing’, Bob Dylan avisou-nos que as águas estavam a subir perigosamente e que nós nos iríamos afogar (“you’ll sink like a rock”) se não começássemos a nadar rapidamente. Meio século depois, a Lectra juntou clientes e jornalistas no seu quartel general em Bordéus para fazer um alerta idêntico – o paradigma do consumo de moda está a mudar a uma velocidade estonteante e quem não se adaptar rapidamente às novas exigências do mercado vai-se afundar – e  apresentar um conjunto de soluções inovadoras que habilitarão as empresas a manterem a cabeça fora de água, nadando num mar revolto.

Fashion on demand, Kubix Link e Quick Estimate/Quick Nest são os nomes de código deste conjunto de soluções inovadoras que os especialistas da Lectra desenvolveram aos longo dos últimos dois anos para que as empresas possam acertar o seu relógio e processos pela hora da indústria 4.0 e do comportamento  dos novos consumidores hiperativos, que “nos estão a deixar todos malucos” (dixit Céliine Choussy, Chief Marketing & Communications Officer da Lectra).

“O paradigma do consumo mudou e toda a cadeia de valor da moda tem de se ajustar a essa mudança, reorganizando radicalmente os processos industriais para corresponder a uma procura crescente de produtos personalizados”, explica Rodrigo Siza Vieira, 52 anos, o responsável pela operação da Lectra na Península Ibérica.

No mundo da moda os termos da equação mudaram radicalmente e a industria já percebeu que tem de passar a produzir com base no que o novo consumidor quer. Sua excelência o consumidor passou a ser o centro de qualquer estratégia que queira ser bem sucedida. A boa notícia é que é fácil saber o que o novo consumidor hiperactivo deseja, pois ele partilha tudo na net  – o que sente, o que gosta, o que o emociona, tudo. A notícia menos boa é que ele é tudo menos paciente, quer tudo para hoje, quando muito para amanhã…

A fileira sabe o que o consumidor quer. 74% dos millennials mostram interesse em comprar produtos personalizadas ou feitos por medida, percentagem que desce para os 41% quando se fala nos consumidores em geral, independentemente da idade. Mas corresponder a este desejo de costumização implica reorganizar todo o processo produtivo, para ser mais rápido, mais ágil, mais eficiente.   

“As ferramentas e soluções que estamos a apresentar permitem às empresas alterar as características do produto, personalizando-o, sem que isso afecte os fluxos de trabalho, e adquirirem um elevado nível de automação na produção de pequenas séries, produtos únicos, repetições e execução de protótipos”, garante Rodrigo Siza Vieira, acrescentando que a indústria 4.0 não diz respeito apenas à fábrica, mas abrange a integração de toda a cadeia de valor, desde o planeamento até à venda, passando pelo design, desenvolvimento, sourcing, industrialização, produção e entrega.    

“As nossas soluções favorecem a integração e automação numa cadeia de valor tão longa e segmentada como a do vestuário”, conclui o diretor regional da Lectra para a Península Ibérica, que resume o que cada um dos novas soluções, apresentadas em Bordéus, vem acrescentar :

Fashion on Demand. “A primeira oferta completa para que as empresas de moda possam produzir por encomenda costumizada ao mesmo ritmo do pronto a vestir. Uma solução inteligente e integrada, end to end, que vai do chão de fábrica até ao consumidor final, que responde a duas tendências: a personalização (moda feita por medida) e a automação total de processos, que permite agir e reagir com pouca intervenção humana, o que reduz  a margem de erro e acelera o processo”;

Kubix Link. “Uma plataforma integradora, que alarga o âmbito do PLM, onde se faz a gestão de toda a informação, bem como do ciclo de vida do produto. Uma ferramenta inovadora no conceito e tecnologia”;

Quick Estimate/Quick Nest.  “Não pretende responde a uma nova necessidade mas a uma maneira nova e mais ágil e rápida de responder a necessidades já existentes, aos nível plano de corte para produção e de estimativas de consumo para tecido”.

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