04 junho 20
Comércio

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China ultrapassa os EUA como principal mercado da moda em 2023

A China aproxima-se cada vez mais dos Estados Unidos como principal mercado mundial da moda e alcançará o primeiro lugar já em 2023, de acordo com a última análise da consultora Global Data. Japão, Alemanha, Índia, Reino Unido, Rússia, França e Coreia do Sul surgirão logo a seguir, num quadro em que o impacto da pandemia de coronavírus retirará até ao final do ano cerca de 275 mil milhões de euros ao comércio mundial do setor.

“Esperamos que os mercados em desenvolvimento na Ásia-Pacífico, incluindo China, Índia e Coreia do Sul, subam entre os dez principais mercados da moda até 2023, enquanto os mercados ocidentais perderão posições”, afirmou a organização. Os Estados Unidos respondem por uma quota da ordem 42% dos negócios perdidas este ano.

“Embora a recuperação já tenha começado nos mercados da Ásia-Pacífico, a recuperação das vendas de moda levará tempo devido à confiança do consumidor, à queda no turismo, à ameaça de uma recessão global iminente e às altas taxas de desemprego”, adianta um dos responsáveis pelo estudo, Vijay Bhupathiraju, analista da Global de Dados.

As conclusões do estudo vêm de algum modo colocar em dúvida as afirmações de vários responsáveis políticos – nomeadamente da União Europeia – segundo as quais a recuperação do setor do comércio iria dar-se de forma muito rápida, talvez já no final do ano e definitivamente a partir de 2021.

O abrupto regresso ao consumo que se tem registado em várias cidades da Europa ao nível da moda – com extensas filas a serem vistas às portas de algumas das principais marcas do setor – pode ser uma imagem enganadora, depois de concluídos os saldos que têm acompanhado a abertura.

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