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A China vai baixar de 11,5% pra 8,4% as tarifas que aplica à importação de produtos têxteis. A medida, que entra em vigor já no dia 1 de Novembro, vai beneficiar as exportações têxteis portuguesas para o gigante asiático, que nos últimos tempos têm crescido a um ritmo muito acelerado.
Segundo os dados do INE, trabalhados e divulgados pela ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, as exportações de têxteis e vestuário portugueses para a China aumentaram 62% por cento no primeiro semestre deste ano. As vendas atingiram nesse período os 29 milhões de euros, fazendo com que a China tenha sido mesmo o mercado onde se registou o terceiro maior crescimento absoluto (11 milhões de euros), logo atrás da Itália e dos Países Baixos.
Segundo a agência Reuters, a medida de redução de taxas, vai beneficiar igualmente os produtos de metal, mas também a madeira e produtos de papel vêm reduzidas de 6,6% para os 5,4% as tarifas até agora aplicadas à entrada no país.
A redução das tarifas foi anunciada estes dias pelo ministro Chinês das Finanças. O governante entende que é “condizente com a promoção de um desenvolvimento equilibrado” nas trocas comerciais e “de promoção de um nível mais elevado de abertura com o mundo”, disse o ministro, numa aparente resposta a recente decisão dos EUA de taxar fortemente os produtos chineses.
Os têxteis estão entre os bens atingidos em cheio pelas novas tarifas norte-americanas que são aplicadas desde o dia 24 de Setembro. São, por enquanto, de 10%, mas podem passar para 25% caso os dois gigantes do comércio mundial não cheguem a um entendimento até final do ano.