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Pelo menos 38 trabalhadores morreram num incêndio numa fábrica de confeções na província chinesa de Henan, no centro do país, ocorrido nesta terça-feira, dia 22 de novembro. As notícias dão contra de que grande parte dos trabalhadores estava em situação irregular, tendo alguns mais de 70 anos de idade.
Além da situação laboral das vítimas, a agência Reuters dá conta ainda de irregularidades da construção das instalações, que terão estado na origem do incêndio. Aa notícias relatam que o edifício, com dois pisos, acolhia várias fábricas e que muitas das vítimas mortais são mulheres que confeccionavam roupas em algodão.
A questão das condições de trabalho na China, que permitem aos fabricantes locais praticar preços sem concorrência, tem sido um dos problemas suscitados pela ITV junto das autoridades europeias. A exigência, designadamente por parte da ATP, é de que aos produtos fabricados no exterior sejam aplicadas regras idênticas às que são impostas à produção na Europa.
A par das condições de segurança nos pavilhões da empresa Kaixinda Trading onde deflagrou o fogo, da falta de contratos de trabalho de muitos trabalhadores e da idade avançada de outros, as notícias registam ainda que auferiam salários diários de entre 30 e 50 yuans (quatro a sete euros), quando as leis locais impõem um mínimo de 15 yuans à hora (pouco mais de dois euros), ou seja, pelo menos mais de 16 euros para uma jornada normal de oito horas.