Caldeira Cabral anuncia apoio de 600 milhões às exportações

O ministro da Economia anunciou esta quarta-feira que o Governo vai lançar nas próximas semanas uma linha de apoio às exportações no valor de 600 milhões de euros, que já deverá estar disponível no final deste mês.

Manuel Caldeira Cabral, que falava na sessão de abertura da 20.ª edição do Fórum da Indústria Têxtil, a decorrer no CITEVE, em Famalicão, explicou que o objectivo desse apoio (enquadrado no programa Capitalizar) é aumentar a competitividade das empresas portuguesas de forma a serem tão competitivas como as estrangeiras.

No mesmo fórum, o responsável governamental lembrou, aliás, que o Governo tem estado ao lado da indústria não só na internacionalização como em todas as matérias. “Lançámos no ano passado uma linha de apoio ao investimento de 1 600 milhões de euros, cuja taxa de execução foi cumprida acima do previsto, atingindo os 2 000 milhões de euros de crédito”, recordou.

Sobre os aumentos do salário mínimo verificados nos últimos anos, Caldeira Cabral sublinhou que não só não criaram constrangimentos nas empresas como foram um factor de prosperidade de todos os sectores. Já numa alusão aqueles que propõem um tecto superior aos 600 euros que estão acordados na Concertação Social para o próximo ano, o ministro disse: “Temos que ser realistas”.

Quanto aos elevados custos da energia, contestados pelos diferentes sectores industriais, o ministro da Economia afirmou que o Governo conseguiu o que já não acontecia há 18 anos: o preço desceu em vez de subir.

De resto, Caldeira Cabral desfiou elogios sobre a ITV, dando-lhe os parabéns por ter conseguido entrar no futuro sem esquecer as suas tradições, mas sobretudo pelo peso crescente que o sector têxtil e do vestuário tem nas exportações e na criação de emprego.

Elogiou também a capacidade inovadora da ITV, a dinâmica das suas associações empresariais, designadamente na internacionalização do sector. “Para ver o que se fez neste sector, basta ir às feiras internacionais do têxtil, em que as empresas portuguesas estão muitas vezes em maioria ou estão em lugar de destaque nos espaços onde essas feiras decorrem”, sublinhou, acrescentando de seguida que a ITV consegue hoje criar mais valor do que no passado, atingindo ao mesmo tempo máximos históricos nas exportações e no emprego, como aconteceu em 2017.

“Todo esse crescimento, que continua este ano, foi feito com muito esforço de investimento e com a conquista de muitos mercados”, disse.