T
As principais associações da indústria da moda do Bangladesh assinaram um protocolo segundo o qual se comprometem a estabelecer preços de produção estandardizados e fixados acima dos mínimos que induzam uma indústria implicada com compromissos éticos e de sustentabilidade.
O protocolo pretende fundamentalmente acabar com a guerra de preços (baixos) de que o país é alvo, com as indústrias a não resistirem ao aumento de receitas por via do emagrecimento das margens e de uma política laboral sem quaisquer preocupações éticas face aos recursos humanos e de sustentabilidade da produção.
A Associação de Fabricantes e Exportadores de Roupa do Bangladesh e a Associação de Fabricantes e Exportadores de Malhas do Bangladesh formaram um comité para estabelecer um preço mínimo estandardizado abaixo do qual se comprometem a não aceitar negócio. O objetivo é “garantir processos de fabricação” no país asiático e assegurar preços “éticos” aos retalhistas e marcas internacionais, referem os promotores em comunicado.
A decisão fecha também as portas, pelo menos em teoria, à possibilidade de as fábricas do país aceitarem preços irreais propostos pelas grandes marcas internacionais – que procuram as indústrias do sudoeste asiático para conseguirem preços vantajosos.
O Bangladesh é atualmente o segundo maior exportador de roupa do mundo, graças à sua capacidade e custos de produção competitivos, principalmente no que se refere aos níveis de salários praticados.