02 novembro 22
Economia

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ATP insiste na agilização do atual sistema de lay-off

Num quadro em que as empresas estão a sentir uma assinalável diminuição das encomendas e precisam por imperativos de gestão de diminuir a fatura da energia – nomeadamente mantendo aas máquinas desligadas por alguns períodos de tempo – “a agilização do sistema de lay-off é imperativa”, disse ao T Jornal o presidente da ATP, Mário Jorge Machado.

Há um número crescente de empresas do sector têxtil e do vestuário – com especial incidência nas unidades de acabamentos – que tem recorrido à diminuição do número de horas de laboração e o lay-off surge como “o mecanismo que melhor permite a salvaguarda dos postos de trabalho”. A razão é simples: a alternativa é o caminho da insolvência.

O Governo tem mostrado reservas – ou mais propriamente a recusa – em fazer regressar o sistema do lay-off simplificado, que foi uma medida emblemática nos tempos mais duros da pandemia. Mário Jorge Machado entende o sinal que o António Costa e Costa Silva querem dar com essa recusa, mas contrapõe que “o que é necessário é garantir a solvência das empresas e a manutenção dos postos de trabalho”.

Pior ainda, no próximo ano, passado o pico de encomendas viabilizado pela quadra natalícia, a indústria assistirá, tudo o indica, a uma fase ainda mais severa dos mercados – tanto o interno como o externo – o que com certeza irá focar ainda mais a necessidade de as empresas encontrarem um sistema que lhes permita suspender a laboração.

Neste momento, afirma Mário Jorge Machado, “o sistema de lay-off é burocratizado e lento” e o Governo terá de olhar para ele com pormenor, sendo sua obrigação antecipar uma situação que já está no horizonte de curto prazo da indústria têxtil – mas não só.

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