15 julho 22
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ATP exige apoios e respostas para a internacionalização

A incerteza e insuficiente resposta dos programas de apoio estão a pôr em perigo as ações de internacionalização da ITV, e a ATP não consegue compreender porque ainda não há respostas por parte do Governo. Pede, por isso, soluções rápidas, e lembra que o setor exporta a 70%, representa 10% das vendas ao estrangeiro e é dos poucos que tem uma balança comercial positiva. Tudo isto está em risco.

Em comunicado subscrito pelo presidente Mário Jorge Machado (na foto, com o Secretário de Estado da Economia na PV), a ATP- Associação Têxtil e Vestiário de Portugal, que representa toda a fileira do setor, lembra que “desde o início do ano tem manifestado a sua extrema preocupação com a insuficiente resposta dos programas de apoio à internacionalização face às necessidades das empresas do setor têxtil e vestuário”.

Com cortes orçamentais “numa altura essencial em que deveríamos estar a ajudar as empresas a reverter os efeitos” da pandemia e da guerra e agravados “com a crise de preços na energia e matérias-primas, subida da inflação e recuo da procura”.

O comunicado destaca que “entidades como a ATP e ASM – Associação Selectiva Moda sofreram um corte substancial no seu programa de apoio à internacionalização, um programa muito abrangente em termos geográficos e subsetoriais e que tem tido um papel vital na resposta às necessidades de internacionalização de uma fileira que, em Portugal, representa mais de 12 mil empresas e 136 mil trabalhadores e que contribui com cerca de 10% para as exportações nacionais”.

A ATP lembra que sem uma presença efetiva e constante nos fóruns e feiras internacionais “Portugal facilmente será substituído pelos seus concorrentes”, pelo que não consegue compreender “porque até hoje ainda não temos respostas ou soluções por parte do Governo ou das entidades com responsabilidade na matéria”.

Por outro lado, “existem projetos executados que aguardam o pagamento de saldos finais desde 2015” e também “um Programa como o Portugal 2030 que devia estar ao serviço da economia desde 2021, e estamos no 3.º trimestre de 2022 e ainda ninguém consegue antecipar quando poderá estar operacional”.

Tudo “preocupações que a ATP tem levantado junto do poder político e entidades competentes e para as quais aguardamos resposta e sobretudo soluções céleres”, conclui o comunicado que aqui pode ler na integra.

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