09 novembro 22
Indústria

Ana Rodrigues

ATP disponível para assinar contrato coletivo de trabalho

A ATP entende que deve ser encontrada forma de ser assinado um Contrato Coletivo de Trabalho com os sindicatos, mas “é necessário um entendimento”, “que pode ser complicado”, para a flexibilização das propostas, referiu Mário Jorge Machado, presidente da entidade associativa.

Intervindo no programa ‘Economia Real’, no Porto Canal, no início da semana, Mário Jorge Machado recordou que “vivemos numa economia de guerra” e que o aumento generalizado dos custos implica que “deixámos de ser competitivos internacionalmente”. E deixou um alerta: “As empresas têm que ter flexibilidade para serem competitivas”.

Neste contexto, leis de trabalho mais flexíveis podem ser um precioso contributo para o aumento não só da competitividade, mas também dos níveis de produtividade – com impacto direto nas questões salariais. “A questão não é ganhar pouco, mas sim o que podemos fazer para haver melhores resultados”.

A fórmula é conhecida: é necessário aumentar os preços através da produção diferenciada em termos de inovação e design, o que “permite que os nossos clientes paguem mais, tenham mais valor acrescentados e, com isso, que as empresas consigam uma maior capacidade para pagar mais”.

“É difícil aumentar a produtividade se não alteramos as leis com que se rege o país”, refere Mário Jorge Machado. O sector faz a sua parte: “o investimento em termos de formação e equipamentos tem sido gigantesco e é por isso que o sector, neste momento, em termos de sustentabilidade é considerado um exemplo a nível mundial”.

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