06 Dezembro 19
Indústria

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ATP clarifica: previsões são de crescimento e novos empregos

Em 2025, a indústria têxtil será mais tecnológica e com quadros mais qualificados, uma realidade que se traduzirá na criação de novos postos de trabalho onde a formação será um elemento cada vez mais diferenciador. É esta a previsão da ATP – Associação Têxtil e de Vestuário, que numa nota de esclarecimento assinada pelo presidente, Mário Jorge Machado, procura recentrar um debate que se desviou para caminhos inviesados.

A evolução demográfica e a inovação tecnológica são apresentadas como as principais razões para uma diminuição no número de trabalhadores efectivos na indústria têxtil. “Nos próximos anos o sector, que tem dois terços dos seus efetivos com mais de 45 anos, especialmente nas atividades a jusante da fileira – confeção – vai certamente, e de forma natural, ver perto de 40 mil trabalhadores passar simplesmente à reforma”.

Uma geração de trabalhadores têxteis que será substituída por quadros mais qualificados, que permitam à ITV trilhar o seu caminho em termos de inovação, tecnologia e design.  “O sector terá de recrutar jovens quadros para todas as atividades, em especial as de maior intensidade de capital e de conhecimento. Estima-se que cerca de 15 a 20 mil postos de trabalho serão criados para satisfazer esta procura de um capital humano”, esclarece a ATP.

“Por outras palavras, a demografia, o avanço tecnológico e a evolução natural da indústria têxtil vestuário para um estádio superior de desenvolvimento, mais tecnológica e com mais serviço agregado, além de um desejável escalar na dimensão das empresas, ditará um sector com menos pessoal – repita-se, sem despedimentos -, com maior produtividade, mais automatizado e mais “servitizado”, preparado para competir pelo valor e jamais pelo preço, onde apenas a intensidade da mão-de-obra de muito baixo custo poderia garantir competitividade”, conclui a Associação na sua nota de esclarecimento, que pode aqui ser lida na integra.

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