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A China contraiu novamente a sua atividade industrial em agosto, segundo dados oficiais do gabinete estatal de estatísticas, o que sucede pelo segundo mês consecutivo e coloca os índices de produção sob forte pressão. Europa e Estados Unidos acompanham igualmente esta tendência.
Segundo os analistas, esta nova contração surge como resultado de dois fatores em paralelo: por um lado, o impacto das medidas da chamada política Covid Zero, que manteve em casa milhões de trabalhadores industriais por largos períodos de tempo; e por outro a contração da procura tanto nos mercados emergentes como nos maduros.
Aliás, a atividade industrial na Zona Euro registou também em agosto o seu pior nível de atividade nos últimos vinte e seis meses, segundo dados da S&P Global – o que aponta para uma diminuição global da procura, patrocinada pela inflação.
Nos Estados Unidos, a produção industrial tem dado mostras de crescimento, mas a Reserva Federal (o banco central) está a tomar medidas de controlo, dado que o aumento dos postos de trabalho pode fazer subir os níveis dos salários, o que incidirá negativamente sobre a inflação.
A agência chinesa destaca que “as fracas condições“ da procura foram um impedimento “significativo” para a indústria e que isso reflete uma deterioração do poder de compra na Europa, como resultado da inflação.