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O governo da Arábia Saudita impôs uma restrição informal às importações da Turquia na sequência do aumento da tensão entre os governos dos dois países a propósito do alegado apoio do governo turco a grupos islâmicos xiitas – contrários ao sunismo saudita.
O confronto tornou-se visível depois de o jornal Financial Times ter divulgado um e-mail interno da Mango em que a empresa espanhola já incorpora a proibição saudita, estando a procurar alternativas às 152 fábricas turcas que usa como fornecedoras – nomeadamente das 50 lojas que possui na Arábia Saudita.
Não há nenhuma proibição oficial saudita contra a produção turca, mas os exportadores turcos já estão a queixar-se de que as suas mercadorias sofreram longos atrasos na alfândega saudita no mês passado.
Fontes do governo saudita negaram ao Financial Times a existência de que qualquer restrição aos produtos oriundos da Turquia, mas, no início deste mês, Ajlan al-Ajlan, presidente da Arábia Saudita, pediu um boicote aos produtos turcos.
Os desentendimentos entre turcos e sauditas começaram quando o chefe do governo turco apoiou o Qatar numa altura em que a Arábia Saudita lhe impôs uma espécie de quarentena internacional, mas principalmente quando o jornalista saudita Jamal Khasoggi foi assassinado no consulado da Arábia Saudita em Istambul.