05 novembro 21
Comércio

T

Alterações nas cadeias de fornecimento serão permanentes

A perda permanente de produção e alterações estruturais nas cadeias de fornecimento do comércio internacional serão duas caraterísticas que a pandemia acrescentou à envolvente económica, e que vieram para ficar. Este é o cenário que consta do mais recente relatório divulgado pela seguradora de crédito Crédito y Caución sobre a Ásia.

“Em todo o mundo, as medidas governamentais limitaram a erosão das competências dos empregados e o desmantelamento das empresas. Isso foi crucial para que a oferta se mantenha mais ou menos intacta e para evitar uma situação em que a procura reprimida não possa ser satisfeita pela oferta na fase de recuperação”, refere o relatório.

As cadeias de fornecimento também sofrerão alterações permanentes: depender mais do fornecimento de produtos básicos e bens intermédios de países ou regiões próximas é a opção, o que reforçará a tendência de relocalização que se iniciou durante a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China.

A Ásia será especialmente afetada por esta situação: embora a região mostre um forte crescimento nos próximos anos, de 5% a 6% ao ano, o impacto negativo da pandemia será duradouro na maioria dos seus mercados, refere o documento. Em 2025, em termos médios, o seu PIB será 3% inferior ao previsto antes da pandemia. A Índia, as Filipinas e a Indonésia serão os países asiáticos onde a Covid-19 irá deixar maiores sequelas permanentes.

A guerra comercial, o aumento do custo dos produtos médicos na fase inicial da pandemia e a atual escassez de chips levaram as administrações públicas de todo o mundo a colocar maior ênfase na autossuficiência em sectores estratégicos.

Partilhar