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A Adolfo Domínguez, grupo de origem galega, que conta atualmente com 80 fornecedores, revelou que, devido à atual crise na cadeia de abastecimento, ao aumento dos custos logísticos e por questões de sustentabilidade, decidiu trazer para mercados próximos – Marrocos, Turquia e Portugal – pelo menos 20% da sua produção própria.
Adriana Domínguez, presidente executiva do grupo, explicou na apresentação dos resultados que “aproximar a produção não é apenas uma questão de sustentabilidade, mas também de ganhar agilidade no atual contexto, crítico para as cadeias de abastecimento e disrupções na logística”.
A CEO disse que “chegámos a ter 140 fornecedores, mas atualmente temos a sorte de ter uma rede mais confiável”, para explicar que a redução do número de fornecedores faz parte do plano de eficiência da empresa.
O grupo Adolfo Domínguez encerrou o exercício de 2021 (fechado a 28 de fevereiro) com prejuízos de 9,3 milhões de euros, mas regressou aos lucros no segundo semestre, com um resultado líquido de 1,5 milhões de euros.
O volume de negócios foi de 92 milhões de euros, o que representa um crescimento homólogo de 39,5% – mas ainda 20% abaixo do volume de negócios de 2019, o ano-pré-pandemia. O grupo conseguiu, ainda assim, recuperar a margem bruta, que no final de 2021 ficou situada em 56,1 %.