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Depois da Balenciaga, desta vez foi a Adidas que decidiu acabar com os negócios comuns com o rapper norte-americano Kanye West, recusando-se a pactuar com algumas tomadas de posição mais polémicas, consideradas claramente anti-semitas. West fica assim banido do sector da moda.
A decisão não terá sido fácil: a Adidas rasgou um contrato avaliado em cerca de 700 milhões de euros, o que implicará, segundo a marca alemã, num impacto negativo de 250 milhões nos lucros deste ano. Uma investigação do Credit Suisse confirma que o fim do negócio implicará um rombo no volume de negócios da marca de mais de dois pontos percentuais: o banco desceu a perspetiva de crescimento da faturação no final de 2022 de 8,8% para 6,5%. Originalmente, a aliança entre West e a marca duraria até 2026.
O artista, que recentemente mudou seu nome para Ye, é co-designer da Yeezy, uma linha de ténis da Adidas criada em 2013 e fatura cerca de setecentos milhões de euros anuais para a empresa alemã, ainda segundo análise do Credit Suisse.
A decisão surge após meses de pressão do público para que a Adidas assumisse uma posição de repúdio das declarações do rapper e depois de a empresa ter tentado, segundo disse, resolver a situação de forma privada, sem sucesso.
Já antes, a Balenciaga, que também colabora com o rapper há vários anos, declarou publicamente que “não tem nenhum relacionamento ou planos futuros” com o artista desde há alguns dias.