Bebiana Rocha
A Adalberto Textile Solutions foi o ponto de paragem do último episódio ‘O Mapa da Sustentabilidade’, uma iniciativa do IAPMEI em parceria com a RDP (Rádio Portugal). Miguel Ramôa, diretor de investigação e desenvolvimento, destacou a verticalidade da empresa e a capacidade de oferecer produtos diferenciadores, “alinhados com as práticas mais sustentáveis do mundo”. “O nosso desafio imediato é poder ser um player mundial e atrair pessoas que desafiem o status quo”, disse.
A empresa de Rebordões conta com 55 anos de experiência e vai neste momento na terceira geração. Desde a sua fundação que procura trabalhar para o impossível, “pois lá a concorrência é menor”, como exemplo disso Miguel Ramôa partilha que a “primeira máquina de estampado digital foi da Adalberto”.
A atividade da têxtil tirsense está focada em três vetores: moda, têxteis-lar e mais recentemente têxteis técnicos. Em termos de números, o ano passado, trabalharam com “1000 bases diferentes, ou seja, 1000 matérias-primas diferentes”. “Trabalhamos telas, malhas, tecidos não tecidos”, apresentou, salientando a capacidade de trabalharem materiais nobres como a seda. “São matérias-primas que podem chegar a custar 20€ o metro. Quem vem à Adalberto não vem para encontrar preço, procura qualidade, diferenciação, serviço”.
Com uma força de trabalho de mais de 360 colaboradores, a Adalberto tem-se permitido a ambicionar cada vez mais: “Queremos fornecer todos os exércitos, não só o português, com os nossos têxteis técnicos, sempre baseados na sustentabilidade e na performance”, diz.
Em termos de números a empresa já conseguiu atingir os 40% de eletricidade produzida para autoconsumo e garantir a rastreabilidade dos restantes 60%. “Temos o LCA completo de todos os produtos”, diz Miguel Ramôa, indo mais longe: “estamos a preparar dois processos com pegada carbónica negativa e temos cinco tecnologias que vão mudar o mundo”, aguça a curiosidade. O programa completo pode ser ouvido aqui.