4 Julho 2018
Têxteis-lar

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Também na cama somos os maiores

Não é só Cristiano Ronaldo ou o título do europeu de futebol. Também quando o tema é a produção de roupa de cama, o têxtil português se revela como o maior fabricante da Europa, representando 32% da produção total da UE. Num estudo relativo à última década, os números mostram que a produção cresceu no nosso país a uma média 3,5% ao ano.

Em 2016 foram produzidas na Europa 134 mil toneladas de roupa de cama, fabrico que foi de longe dominado pelas empresas portuguesas, com 32% da produção total, bem à frente da Itália e da Alemanha, com 19% e 14%, respectivamente. Somada, a produção dos três países representa 65% de toda a roupa de cama que é produzida na EU.

Os números constam do estudo da consultora Index Box, que analisou a evolução do sector na UE entre 2007 e 2016. Embora com altos e baixos nos primeiros anos da década, a indústria portuguesa de roupa de cama é a única que apresenta uma evolução positiva, com um crescimento médio de 3,5% ao ano. No reverso da evolução está a Itália, cuja produção recuou em média -3,5% no mesmo período, enquanto a produção alemã se manteve estável ao longo da década. ´

Também nas exportações, o desempenho dos fabricantes nacionais de roupa de cama se volta a destacar dentro da UE, mas agora atrás das empresas da Alemanha e da Holanda. Um terceiro posto que, no entanto,  pode revelar a crescente importância que alguns mercados extra-comunitários, como EUA, Canadá ou Suíça, assumem nas exportações têxteis nacionais. Os números indicam que Alemanha (43 mil toneladas), Holanda (24 mil toneladas), Portugal (23 mil toneladas) e Bélgica (22 mil toneladas) constituem os principais fornecedores de roupa de cama entre os membros da EU.

Já no que respeita ao consumo, aí sim, Portugal afasta-se claramente da média dos seus parceiros europeus e nem sequer figura nos primeiros lugares da lista. Lidera a Alemanha, com 17% do consumo total de roupa de cama, seguindo-se Reino Unido (17%), França (13%) e Itália (12%).

O que o estudo mostra também é que é da Ásia que cada vez mais chega o grosso da roupa de cama que o mercado europeu consome. As importações de fora da UE atingem agora os 80% – quando em 2007 eram de 71% – vindas sobretudo do Paquistão, China e Turquia.

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