T
Estudar a viabilidade económica do painel com membranas têxteis multifuncionais destinado à construção civil, que lhe valeu o primeiro prémio do concurso Estruturas Têxteis para Novas Construções da Techtextil, é o próximo objetivo do Luani Costa e o tema do doutoramento que se prepara para iniciar.
No âmbito do mestrado em Construção Civil e Reabilitação Sustentável que fez na Universidade do Minho, Luani, 25 anos, desenvolveu um painel para aplicar em fachadas e coberturas de construções, que, entre outras coisas, tem propriedades no capítulo da climatização, evitando as perdas de calor no inverno e o aquecimento excessivo no verão.
A natureza, em particular a função de fotosíntese das folhas das plantas, é a grande inspiração desta brasileira que se formou em Arquitetura na Universidade de Laguna (Santa Catarina) e trabalhou em Florianópolis, numa construtora, no restauro de edifícios, antes de resolver atravessar o Atlântico para fazer o mestrado na Universidade do Minho.
“Procurei também replicar a fotossíntese. O painel adapta-se às condições ambientais, como chuva, vento e incidência solar”, explica Luani, uma militante da sustentabilidade, que partiu para este novo material animada pelo objetivo de diminuir o impacto ambiental da construção civil, um dos setores de atividade mais poluentes e consumidores de energia.
Membro do Centro de Ciência e Tecnologia Têxtil (2C2T) e do Instituto para a Sustentabilidade e Inovação em Estruturas de Engenharia (ISISE) da Universidade do Minho, Luani vai acumular a coordenação de um grupo de investigação e os trabalhos do doutoramento com as profissões de professora e arquiteta.
Luani começa para a semana a trabalhar num gabinete de arquitetura em Valongo. Como vive em Guimarães, os 1.200 euros do prémio da Techtextil vão ser muito provavelmente aplicados como primeira prestação da compra de um carro para ela fazer as suas deslocações diárias para o trabalho.