15 outubro 19
Acessórios

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Socorte não é só corte, também é produção e transformação

O nome pode enganar. Em 1979, quando foi fundada por Manuel Miranda, a Socorte trabalhava apenas com o material das confecções suas clientes, cortando-o e transformando-o nos acessórios de que elas precisavam. As fitas de viés eram a sua especialidade. 40 anos volvidos, já com a terceira geração no comando, a largura de banda da empresa aumentou substancialmente.

O mais recente salto em frente foi dado há coisa de dois anos, quando a Socorte investiu cerca de 400 mil euros na renovação das instalações (que contemplou um show room e a requalificação da área de atendimento) e na compra de teares que lhe permitem comprar fio e produzir internamente as fitas – garantindo assim um suplemento de qualidade e eficiência. 

No capítulo da oferta, às tradicionais fitas de viés foram sendo acrescentados novos produtos, mais complexos e completos, como, por exemplo, fitas para o cós das calças, fitas refletoras ou velcros.

Confeções, têxteis lar e automóvel são os setores onde se encontra a clientela da Socorte, que emprega 32 trabalhadores e tem  na Zona Industrial do Porto centro de gravidade da sua atividade de transformação e comercialização de fitas, passamanarias e outros acessórios têxteis.

“É muito difícil que alguém nos consiga bater em qualidade de produto e rapidez na entrega”, garante Pedro Miranda (na foto), 31 anos, neto do fundador, licenciado em Gestão pela Católica e com um mestrado em Economia feito na FEP.

“Este ano sentimos o mercado muito instável. Por isso intensificamos a aposta na diversificação da oferta e em produtos complementares da nossa gama”, explica Pedro, que está na empresa da família há seis anos, após ter iniciado o seu percurso profissional na Deloitte e ter passado por setores tão diversos com as telecomunicações, banca e organização de eventos.   

A Socorte deverá fechar o ano com um volume de negócios de 1,5 milhões de euros, dos quais cerca de 50% exportados directamente (Espanha, Grécia, Suécia e Estados Unidos são os principais mercados) – percentagem que sobe para mais de 90% se incluirmos as exportações indiretas. 

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