8 Fevereiro de 2017
Formação profissional

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Pólo do Modatex em Lousada é caso de sucesso

Os primeiros formandos do curso de Confecção de Peças de Vestuário promovido pelo pólo do Modatex de Lousada receberam, na semana passada, os certificados de conclusão do curso, numa cerimónia que decorreu no salão nobre da autarquia. Dos 16 alunos do curso, 14 estão já inseridos no mercado de trabalho depois de terem acabado a formação em Dezembro último.

Aproximar a formação de quem precisa dela e dar resposta à procura das empresas por colaboradores qualificados foram os grandes objectivos que levaram à instalação de um pólo do Modatex – Centro de Formação Profissional da Indústria Têxtil, Vestuário, Confecção e Lanifícios em Lousada. E os resultados estão agora à vista, garantem todos os parceiros do projecto.

“Esta experiência bem-sucedida satisfaz as empresas, que têm acesso a mão-de-obra qualificada; os alunos, que conseguem um emprego rapidamente; e a Câmara Municipal que vê neste projecto uma forma de diminuir o desemprego e de potenciar o desenvolvimento económico no concelho”, diz a autarquia.

O pólo do Modatex foi instalado na EB1 de Santa Margarida, em Lousada. O espaço tem capacidade para acolher 100 pessoas. Mas no último ano só 16 alunos frequentaram o primeiro curso aberto. Cerca de 500 pessoas, inscritas no centro de emprego, foram chamadas a agarrar a oportunidade.

“A promessa é de que havia empresas à espera por estes recursos humanos. Aliás, foi a constatação de que as confecções do concelho e da região tinham dificuldade em encontrar profissionais qualificados, apesar de haver muitas pessoas desempregadas, que levou a Câmara Municipal de Lousada a avançar com a disponibilização de um espaço para instalar este pólo de formação”, esclarece a autarquia.

“Quisemos aproximar a formação de quem precisa dela e dar uma resposta a um sector acarinhado e com forte tradição em Lousada”, afirmou Pedro Machado, presidente do município. “Há uns anos atrás dizia-se que este sector tradicional estava condenado e tinha os dias contados. Mas o sector, que passou e passa dificuldades, soube fazer face aos desafios, modernizar-se e apostar na formação e na internacionalização”, defendeu.

E prova do sucesso desta aposta é que dos 16 inscritos, 14 estão a trabalhar. “É um alento para continuar a dar contributos para diminuir o desemprego e dar condições às empresas para crescerem”, sustentou o autarca.

Questionado sobre o projecto anunciado no ano passado, de criação de uma espécie de “escola-fábrica”, que permitiria aos alunos aprender em contexto de empresa, tendo por base uma forte aposta nas tecnologias, Pedro Machado disse que continua a ser trabalhado, no âmbito da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte e da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa, com o objectivo de ser candidatado a fundos comunitários.

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