29 Novembro 2017
XIX Fórum Têxtil

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O efeito sanguessuga que distorce o mercado

Ninguém cumpre as regras e o estado é o mais relapso. O problema é o dos prazos de pagamentos que distorce as regras de mercado e leva a que muitas empresas tenham que se financiar junto do seus fornecedores em vez de recorrerem à banca. A questão foi suscitada depois de o governador do Banco de Portugal ter afirmado que não há em Portugal um problema de financiamento mas antes uma questão de funcionamento.

Luís Salvaterra, da Intrum Justitia, disse até que “se o Estado pagasse as suas facturas haveria uma injecção de capital nas empresas”. Mas este é um problema crónico do funcionamento do país, uma espécie de efeito sanguessuga que tem efeito desregulador e afecta a vida das empresas. Progressos? “Há 20 anos que anos que falamos nisto mas ninguém parece dar muita importância”, resumiu, respondendo à questão de Helena Garrido, a jornalista que moderou o painel sobre Financiamento, que contou também com a participação de Nuno Gonçalves, que recentemente transitou da estrutura de Missão para a Capitalização das Empresas para o gabinete do novo ministro Siza Vieira, Beatriz Freitas, da SPGM, e José Costa Ferreira, do BCP.

Todos concordaram que, de facto, o problema está hoje mais no funcionamento do ecossistema sócio-financeiro que no financiamento.

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