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Cogumelos, menta, tomilho e colorau são produtos culinários sobejamente conhecidos, mas são também vegetais cujos extratos são usados pela Tintex para a produção de corantes naturais usados no tingimento das suas peças. Em reportagem no jornal Expresso, o CEO da empresa, o engenheiro químico Mário Jorge Silva, explica o porquê de a empresa ter o seu ADN alicerçado na inovação e na sustentabilidade.
Com um investimento anual de cerca de um milhão de euros em investigação & desenvolvimento, a Tintex explora várias frentes inovadoras – que, para além da utilização de extratos vegetais no tingimento (projeto apropriadamente chamado ‘Picasso’), já permitiu à empresa reduzir o consumo de água em mais de 25% (quer chegar aos 50%) e assegurar 25% do consumo de energia através de painéis solares.
Esta estratégia de inovação permitiu à Tintex aproximar-se de outras empresas têxteis e mesmo de empresas de outros setores, uma vez que Mário Jorge Silva considera que “é importante trabalhar com outras áreas de negócio para criarmos propostas inovadoras”.
Foi também a inovação que motivou a empresa a apostar cerca de 1,9 milhões de euros na área da produção de material para o setor médico: em plena pandemia, “maio acabou por ser um dos melhores meses de sempre” em termos de encomendas – o que permitiu à Tintex acabar rapidamente com o recurso ao ‘lay off’ e voltar a ligar todas as suas máquinas.
Apesar disso, a Tintex prevê, segundo Mário Jorge Silva, fechar o exercício de 2020 com uma diminuição do volume de negócios que pode chegar 10% (para os 10 milhões de euros), mas prevê que 2021 seja já um ano de recuperação, para os 13 milhões. “O imput dos últimos meses e o início da vacinação permite-nos acreditar que o mercado começará a normalizar por abril ou maio deste ano”, disse.
Com oito marcas no mercado e uma longa lista de prémios a pesar nos seus ativos, a Tintex é ainda detentora de uma patente em biocoloração e tem em curso um novo registo de patente no segmento dos têxteis revestidos.