12 março 21
Economia

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Empresas com acesso mais alargado ao lay-off simplificado

As empresas que não foram obrigadas a encerrar neste confinamento mas cuja atividade foi “significativamente afetada” vão poder também aceder ao lay-off simplificado, segundo um decreto-lei ontem aprovado em Conselho de Ministros. O diploma define o reforço de medidas de mitigação da pandemia de Covid-19.

No caso do lay-off simplificado, o diploma prevê o seu alargamento a empresas cuja atividade, não estando suspensa ou encerrada, “foi significativamente afetada pela interrupção das cadeias de abastecimento globais, ou da suspensão ou cancelamento de encomendas”, e ainda aos sócios-gerentes.

O decreto-lei aprovado pelo Conselho de Ministros prevê ainda a reativação do apoio extraordinário à redução da atividade económica de trabalhador independente, empresário em nome individual ou membro de órgão estatutário dos setores do turismo, cultura, eventos e espetáculos, “cuja atividade, não estando suspensa ou encerrada, está ainda assim em situação de comprovada paragem total da sua atividade ou da atividade do respetivo sector”. Esta formulação permite acomodar os casos de pessoas que viram a sua atividade parar, apesar de esta não constar da lista das que foram encerradas de forma administrativa.

O diploma formaliza ainda uma medida que o ministro da Economia Siza Vieira já tinha sinalizado e que passa pelo prolongamento por mais três meses, até 30 de setembro de 2021, do apoio à retoma progressiva da atividade, estabelecendo um regime especial de isenção e redução contributivas para empresas dos setores do turismo e da cultura.

O Governo decidiu também reativar uma medida que já tinha sido aplicada em 2020 e que consiste na criação de um novo incentivo extraordinário à normalização da atividade empresarial, no montante de até dois salários mínimos nacionais para trabalhadores que tenham sido abrangidos no primeiro trimestre de 2021 pelo lay-off simplificado ou pelo apoio extraordinário à retoma progressiva de atividade.

Foi ainda aprovado o reforço do apoio às microempresas com quebras de faturação, com a possibilidade de pagamento de mais um salário mínimo no terceiro trimestre de 2021.

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