23 maio 19
Cordoaria

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Cordex cresce 12% em 2018 e fatura 220 milhões de euros

O grupo Cordex continua a crescer a dois dígitos, sendo que em 2018 as suas vendas consolidadas aumentaram cerca de 12% fixando-se em 220 milhões de euros. “Apesar de estamos tecnologicamente muito bem apetrechados, nunca paramos de investir. Gostamos de ser conhecidos pela qualidade dos nossos produtos”, explica Nuno Vitó, Sales Manager do grupo.

Em média, a Cordex investe anualmente entre três a cinco milhões de euros, não só em substituição de equipamentos mas também em software, novas tecnologias e  digitalização de processos, sendo que tem em cima da mesa um aumento da capacidade instalada, para fazer face a uma procura crescente.

Com centro de gravidade em Esmoriz – onde nasceu em 1969 (o ano em que o Homem foi à Lua), por força da vontade de Manuel Armando Pereira -, onde está a fábrica que produz todas as cordas e fios sintéticos, o grupo Cordex tem duas outras unidades industriais, uma em Ovar (a Flex 2000), especializada em espumas, e outra em S. Salvador da Baía (a Cordebras), que no seu essencial produz cordoaria de sisal.

Assumindo-se, com modéstia, como uma “small global company”, a Cordex complementa este tripé industrial com uma rede comercial com antenas na América do Norte (com escritórios em Filadélfia e Toronto), Reino Unido, França, Alemanha e Holanda.

A oferta no setor da cordoaria está agregada em  quatro grandes marcas: CordexAgri (produtos para a agricultura), CordexAqua (pescas e aquacultura), CordexFun (lazer) e CordexPro (construção, telecomunicações, geo-têxteis…).      

Os Estados Unidos são o principal mercado, valendo cerca de 75% da faturação do grupo na área agrícola, mas os segmentos onde a procura se tem intensificado mais são o das fibras para reforçou de betão e de monofilamentos para tecidos geo-têxteis.

“Desde o início do século que temos apostado com bastante sucesso nas parcerias com os nossos clientes, fazendo os produtos à medida das suas necessidades concretas”, conta o Sales Manager da Cordex, que emprega 800 pessoas, das quais 550 na divisão de cordoaria.

Há meio século (vai comemorar o seu 50º aniversário no próximo dia 11 de outubro), a Cordex começou por produzir apenas cordoaria a partir de fibras naturais (cânhamo e sisal). Nos anos 80, diversificou para as fibras sintéticas e soube aproveitar o grande empurrão que a adesão à CEE deu à economia portuguesa. E nos anos 90, já com a segunda geração a assumir as rédeas do grupo, foi tomada a decisão de autonomizar a produção de espuma na Flex 2000.

Inaugurada no dealbar do século XXI, a Flex 2000 é a segunda maior fábrica de espumas da Europa, produzindo para indústrias variadas, como a automóvel, de mobiliário ou colchões.

“Não há mais ninguém no mundo que, dentro do crop packing, fabrique tudo, como nós, Há dois anos fechamos a gama quando começamos a produzir filme estirável agrícola para fardos de forragem”, conclui Nuno Vitó. 

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