16 Maio 2017
Inovação

Jorge Fiel

Artefita inova com a injecção de peças em plástico

A injecção de peças em plástico é o novo serviço que a Artefita vai oferecer aos seus clientes. O processo desenvolvido pela empresa consiste em acrescentar uma protecção de plástico aos fechos de ferro e alumínio das fitas que produz na sua fábrica de Escariz, Arouca.

“Temos de antecipar o que o cliente precisa. Se formos os primeiros a apresentar-lhe um produto que lhes faz falta, vendemos de certeza. Se se tratar de uma coisa que já existe, consultam-nos a nós e a mais 50 antes de decidirem a quem compram”, explica Gonzaga Oliveira, o CEO e fundador da Artefita.

A inovação é um dos cinco mandamentos (os outros são know-how, compromisso, proximidade e flexibilidade) que norteiam a actividade desta empresa cujo programa se resume na razão social – acrescentar arte à produção de fitas – e foi fundada em 1995 por Gonzaga Oliveira, um antigo defesa central do Arrifanense, Cesarense e Sanjoanense, que pendurou as botas com 23 anos, na sequência de um ruptura dos ligamentos do joelho.

Vendedor de uma empresa que produzia fitas para o mercado interno, foi o primeiro emprego (fora do futebol) de Gonzaga. Iniciou-se no mundo das fitas com 21 anos, a trabalhar por conta de outrém, mas ambicioso como é, não demorou cinco anos a tornar-se empresário, criando a Artefita, que começou logo a exportar (em 2001 já fazia mais de metade da facturação no mercado externo) e nunca mais parou de acrescentar novos produtos à sua gama de fitas.

Acrescentar é o mantra da Artefita, que faz um volume de negócios de cinco milhões de euros, dos quais 86% feitos na exportação, e emprega 65 pessoas. Em 2001, Gonzaga Oliveira acrescentou à fábrica uma tinturaria. Quatro anos depois, investiu na estampagem em serigrafia e sublimação. Em 2007 criou a marca Knot, com a assinatura Strap solutions, que já vale 50% da facturação, e entrou numa nova área de negócios, a logística, produzindo fitas para a amarração de cargas no transporte de mercadorias. Mais recentemente começou a produzir coberturas isotérmicas para o transporte de frescos e congelados, que comercializa com a marca própria Arctic Solutions.

“Acordo a pensar em fitas. Durante as 24 horas do dia estou sempre a pensar em como podemos trazer novas soluções para facilitar a vida aos nossos clientes”, afirma Gonzaga, acrescentando que esta atitude explica o facto de a Artefita ter atravessado a crise sem a sentir: “Entre 2009 e 2016, apesar de muito desafiados pela concorrência, estivemos sempre a crescer, a aumentar não só as vendas mas também as margens”.

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