Bebiana Rocha
A Tintex Textiles foi a Frankfurt no passado dia 25 de abril falar sobre como se pode transformar desperdícios de vindima em revestimentos têxteis que são uma alternativa à pele. No Techtextil Forum Pedro Magalhães deu a conhecer o projeto InVinoTex.
“O projeto vem no seguimento do Texboost em que aproveitamos resíduos vegetais para criar têxteis revestidos”, enquadra o head of innovation da Tintex ao T Jornal. “Para criar este tipo de revestimento temos de transformar o resíduo das vindimas num pó que, posteriormente, é incorporado numa das nossas formulações obtendo então três resultados distintos”, resume.
“Tem sido um projeto que investimos muito. Todos os anos acompanhamos a vindima da Quinta do Soalheiro e criamos a partir daí conhecimento sobre os resíduos das vindimas e como os podíamos incorporar nas nossas malhas”, continua.
A ideia foi desde o inicio oferecer um produto sustentável mas que “não tem de comprometer o desempenho”, sublinha Pedro Magalhães. A ida à Techtextil serviu, nas suas palavras, para “aguçar o apetite de outras empresas que queiram lançar-nos desafios com resíduos”.
O projeto InVinoTex teve uma apresentação no Palácio do Freixo em 2022, o objetivo do evento foi servir de “mostra de conceito, ou seja, de que forma esta malha revestida se pode materializar em peça”. Para efeito aliou-se à marca Harvest by Prochef, numa desfile de roupa profissional para os sectores da restauração, hotelaria e vinhos.