13 maio 22
Indústria

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“Têxtil nacional alinhado com estratégia da União Europeia”

“A visão e as estratégias da indústria têxtil portuguesa para 2030 estão totalmente alinhadas com as recomendações da Comissão Europeia, tendo a sustentabilidade como uma das áreas de desenvolvimento mais importantes”, resumiu o presidente da ATP, Mário Jorge Machado, na apresentação que aquela estrutura organizou no Press Club Brussels Europe.

Fazendo parte do projeto ‘Moda Sustentável de Portugal’ – que pretende transmitir à fileira europeia os tópicos essenciais do ADN da indústria nacional – o colóquio contou ainda com a presença de representantes do tecido empresarial, entre eles Paulo Lopes, da JF Almeida, e da indústria europeia, como Marie-Hélène Pradines, chefe da Unidade de Turismo e Têxteis da DG Grow. O eurodeputado Nuno Melo também marcou presença.

Mário Jorge Machado especificou que a produção portuguesa já há muito incorporou requisitos fundamentais – muito para além dos básicos – de sustentabilidade e de economia circular, tanto em termos da utilização das matérias-primas como de reciclagem e de supressão de desperdícios, bem assim como de utilização otimizada de recursos como a água.

Só assim se compreende, salientou, o nível que a cadeia têxtil assume neste momento: “a indústria têxtil e do vestuário é um dos setores mais importantes para Portugal, representando 18% de todo o emprego nas indústrias transformadoras e 9% das exportações do país. Além disso, ocupa o 5º lugar no mercado europeu em termos de volume de negócios, os 7,8 mil milhões de euros que gera representam 5% do total da indústria têxtil e de vestuário da União. Portugal exporta têxteis para mais de 180 mercados e a marca ‘Made in Portugal’ tem uma reputação positiva em todo o mundo”, sublinhou.

Numa ótica mais empresarial, Paulo Lopes exemplificou que “a JF Almeida tem assumido um compromisso constante de reduzir a sua pegada ecológica e apresentar aos seus clientes produtos cada vez mais sustentáveis. Reciclamos e reutilizamos 40% da água que entra na tinturaria. A redução de água se traduz em mais de 6,5 piscinas olímpicas. Além disso, a otimização de processos e atualizações de maquinário resultaram em uma redução de 12% no consumo de água em 2021”.

“Capacitar os consumidores a fazer escolhas mais sustentáveis é uma parte importante dos esforços necessários para criar um ecossistema mais sustentável e circular”, referiu por seu turno Marie-Hélène Pradines.

Para Nuno Melo, “a indústria têxtil e do vestuário enfrenta uma situação sem precedentes com o aumento dos preços da energia e do gás. Muitas empresas estão a considerar encerrar a produção por causa dos custos da energia”.

 

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