28 junho 21
Indústria

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Têxtil Mabera avança com 3,7 milhões e compra a Coelima

A assembleia de credores da Coelima aprovou a proposta de compra da empresa apresentada pela Mabera, que avançou um valor de 3,637 milhões de euros e se propõe dar continuidade à atividade da companhia e manter os cerca de 250 postos de trabalho existentes. A decisão foi tomada na última sexta-feira, com aprovação generalizada.

A venda é a opção que “permitirá salvaguardar os postos de trabalho e, consequentemente, o próprio estabelecimento, evitando deteriorações e depreciações resultantes do encerramento”, declarou o administrador de insolvência, Pedro Pidwell. A proposta foi aprovada por 98,7%, incluindo os grandes credores, ou seja, a banca, nomeadamente a Caixa Geral de Depósitos, o Novo Banco e o BCP, tendo votado contra apenas 1,6% dos credores enquanto outros 9,7% se abstiveram.

Para a Mabera não restam dúvidas sobre a viabilidade da Coelima: “A empresa tem nome, ao nível têxtil estará ao mesmo nível da Vista Alegre na porcelana, é uma marca que se pode defender e não se pode deixar morrer”, afirmou o advogado da empresa, José Moreira da Costa, que pediu aos trabalhadores “confiança na nova gestão e que colaborem com os novos gestores”, ao mesmo tempo que anunciou para esta segunda-feira, dia 28 de junho, o pagamento dos cerca de 200 mil euros de salários.

Com instalações em Joane, Famalicão, a Mabera é uma empresa de referência no setor de acabamentos têxteis com mais de 50 anos de atividade. Tem ativos na ordem dos 25 milhões de euros, estando atualmente mais orientada para a questão patrimonial, com a atividade da Mabera a ser desenvolvida pela Perfil Cromático, que tem 162 trabalhadores”.

Parte integrante do grupo MoreTextile – que, em 2011, resultou da fusão com a JMA e a António Almeida & Filhos e cujo acionista principal é o Fundo de Recuperação gerido pela ECS Capital -, a Coelima apresentou-se à insolvência no passado dia 14 de abril, na sequência da quebra de vendas superior a 60% provocada pela pandemia e da não aprovação das candidaturas que apresentou às linhas Covid-19.

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