T
A Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) recomenda o uso de máscaras comunitárias certificadas pelo CITEVE como alternativa às máscaras cirúrgicas, cujo índice de filtração de partículas é comparável. São máscaras “que protegem da disseminação e/ou inalação de gotículas e têm uma capacidade de bloqueio igual ou superior a 95%”, explica em comunicado o colégio dos pneumologistas portugueses.
Sendo impossível assegurar a qualidade de todas as máscaras comunitárias, “deverá ser considerada a obrigatoriedade de uso de máscaras cirúrgicas”, ou, em alternativa, “o uso de máscaras comunitárias certificadas pelo CITEVE, que, cumprindo os critérios de filtração de partículas, respirabilidade e boa adesão à face e nariz, conferem uma protecção comparável”, diz a SPP na nota divulgada esta manhã.
Indicadas para usar em espaços públicos, onde há maior afluência de pessoas, aquelas categorias de máscaras “protegem da disseminação e/ou inalação de gotículas e têm uma capacidade de bloqueio igual ou superior a 95%”, explicam os médicos pneumologistas. A SPP reforça que as máscaras cirúrgicas devem ser substituídas após quatro horas de utilização, por poderem perder eficácia, e não devem ser lavadas ou reutilizadas.
Já nos contextos de maior risco de transmissibilidade a SPP aconselha o uso das máscaras FFP2. Estas máscaras contêm um respirador com uma “capacidade de filtração de partículas igual ou superior a 95%” e, embora não difiram muito das cirúrgicas, “verifica-se uma potencial protecção adicional associada às máscaras que têm respirador”.
Na segunda-feira, a ministra da Saúde, Marta Temido, afirmou que “não há ainda recomendações adicionais concretamente sobre a questão das máscaras ao nível do Centro Europeu de Controlo de Doenças e temos sempre alinhado as nossas posições com as recomendações internacionais”. O Centro Europeu para Prevenção e Controlo das Doenças está a preparar orientações sobre a utilização de máscaras faciais comunitárias contra a covid-19, depois de alguns países europeus terem obrigado ao uso de máscaras cirúrgicas ou FFP2.