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O aluguer de moda e a venda de roupas usadas serão dois segmentos-chave nos próximos anos, que ganharão cada vez mais peso no negócio do luxo: segundo o relatório LuxCo2030 da consultora Bain, em 2030 o aluguer representará até 20% do volume de negócios, enquanto a venda em segunda mão deverá atingir 10%. Esta fatia de 30% irá alterar profundamente o posicionamento das empresas direcionadas para este segmento.
Preocupações ecológicas, mas também uma outra forma de encarar os gastos dedicados à moda – que tem muito a ver, segundo a consultora, com a forma como a pandemia de Covid-19 impactou o consumo – estarão no centro destas alterações.
Nesse contexto, a Bain estabeleceu cinco chaves que as operadoras devem adotar para avançarem: redefinição do propósito da marca; desaceleração da produção; cadeia de fornecimentos mais transparente e rastreável; compromissos ambientais e sociais; e criação de valor económico a partir da sustentabilidade.
“O aumento da procura de produtos de luxo mais sustentáveis não é uma moda passageira, mas uma mudança estrutural”, observa o relatório, que salienta que uma mudança de imagem não será suficiente para uma adaptação ao novo contexto.
A Bain espera que estes novos modelos de negócios amadureçam gradualmente ao longo desta década: até 2030, a consultora espera que a receita das revendas cresça 50%, enquanto a fatura do aluguer de roupa e calçado aumentará 25% no mesmo período.