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Lençóis com fibra de banana ou ananás e uma toalha de mesa feita com fibra de cânhamo são algumas das novas novidades que a J. Pereira Fernandes trouxe à Heimtextil, evidenciando estar em linha com a sustentabilidade que é o santo e a senha da feira.
“Apostamos em coisas naturais, apesar dos custos de produção serem entre 10% a 15% mais elevados. Temos muitos reciclados, alguns a 100%”, afirma Amadeu Fernandes, o responsável por esta têxtil-lar de Pevidém que está a comemorar o seu 90º aniversário – foi fundada em 1933 pelo seu pai, João Pereira Fernandes.
A J. Pereira Fernandes não expôs na edição intercalar de verão da Heimtextil e não tem expectativas muito elevadas para esta feira: “A matéria-prima baixou um bocadinho mas os salários e os produtos químicos subiram bastante e os clientes esperam uma significativa descida de preços que não está ao nosso alcance”, explica Amadeu.
Depois de um bom 2021, com um volume de negócios de 33 milhões de euros, 2022 foi excecional para a J. Pereira Fernandes, que fechou um ano com vendas de 46 milhões de euros. Para 2023, as expectativas são de uma descida, na casa dos 10% a 12%.
A América do Norte é o principal mercado da empresa, onde faz cerca de 55% das suas vendas para o exterior. “As perspetivas que temos para este ano são de uma descida ligeira nos Estados Unidos que esperemos seja compensada por crescimentos no Canadá e no México. Na Europa vamos a ver, é uma incógnita. Mas a França não está mal …”, analisa Amadeu Fernandes.
As flanelas são um dos produtos mais fortes da J. Pereira Fernandes, que emprega 230 trabalhadores e exporta 93% da sua produção de roupa de cama (80% do total) e mesa (os restantes 20%).