Jorge Fiel
“Este mercado precisa de muito mimo e acompanhamento. Todos os clientes gostam de ser estimados e os japoneses não são exceção”, explica Inge Van Staeyen, 47 anos, comercial da B. Sousa Dias, têxtil-lar veterana de cinco participações consecutivas na Interior Lifestyle Tokyo e de muitas viagens ao Japão, onde já faz cerca de 10% do seu volume de negócios – 5,5 milhões de euros em 2016.
As toalhas da B. Sousa Dias destinam-se ao segmento médio/alto do mercado e estão presentes nas principais cadeias de department stores japoneses – Isetan, Takashimaya, Mitsukoshi, etc. E se dar mimo aos clientes é uma parte do segredo do sucesso nipónico da têxtil-lar da Guardizela, a outra componente, não menos importante, é apresentar-se com a sua identidade.
“Não fazemos produtos especiais para o mercado japonês. Vimos com a nossa identidade, com desenhos que lhes fazem lembrar a moda europeia. É com isso e a qualidade que fazemos a diferença. Senão não acrescentávamos nada…”, diz Inge (na foto com o embaixador Francisco Xavier), uma belga de Antuérpia que cursou Engenharia Têxtil em Gent e deitou âncora em Portugal quando, em 1991, veio fazer o mestrado na Universidade do Minho.
Além de fazer private label , a B. Sousa Dias trabalha, há 15 anos, com uma marca própria para produtos com um nível de preço e qualidade superiores, a DeVilla (esteve representada na Interior Lifestyle Tokyo no stand do importador), que já vale cerca de 20% da faturação, que este ano deverá atingir o número redondo de seis milhões de euros.
Fundada em 1966, a B. Sousa Dias iniciou o ano passado, por ocasião do seu 50º aniversário, um programa de investimentos na modernização da área produtiva. A primeira fase, que consistiu na implantação de um software topo de gama na área criativa, já está encerrada, estando agora a arrancar a segunda fase, que contempla a área de tecelagem, corte e preparação à confeção.