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Foi um arranque surpreendentemente concorrido. Logo na abertura da edição online do MODTISSIMO, ao início desta manhã, a grande afluência de visitantes chegou a colocar alguns problemas de acesso, o que obrigou até ao reforço da capacidade do site. Também a conferência inaugural, com a participação do Ministro do Ambiente, superou largamente as expectativas, tendo sido seguida por mais de 250 pessoas.
Numa edição que é novidade pelo formato virtual, é possível até sexta-feira, dia 12 de março, descobrir em https://online.modtissimo.com/ as novas colecções, percorrer os showcases de tendências, de inovação e sustentabilidade e entrar em contacto com os mais de 100 expositores.
Na conferência de abertura das Web Talks, que abordou o tema Sustainability: The New Green Economy, por iniciativa do Cluster Têxtil, o ministro Matos Fernandes apontou os três vectores definidos como centrais no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para o sistema têxtil/moda: Explorar materiais sustentáveis, maximizar a sua durabilidade, e acrescentar a utilização de energias renováveis.
Salientando que a sustentabilidade e a economia verde são “o caminho do sucesso do futuro”, o Ministro do Ambiente e da Ação Climática quis enfatizar que a aposta numa produção o mais possível próxima da pegada ecológica neutra é um elemento de competitividade que o sector têxtil deve aprender a usar como diferenciador. Num webinar com inusitada assistência (mais de 250 ligações) totalmente dedicado à economia circular e à sustentabilidade, Mauro Scalia, diretor de Sustentabilidade do Euratex, expôs também os principais indicadores a reter no âmbito da Estratégia Têxtil da União Europeia.
Num painel participaram também Manuel Gonçalves, do Grupo TMG – um dos poucos que faz parte da UN Global Impact – que disse, exatamente, que “a sustentabilidade é uma oportunidade para os têxteis portugueses”, ao passo que José Soares de Pina, CEO da papeleira Altri – grupo que tem no sector têxtil um dos seus clientes – recordou que o setor teria a ganhar se apostasse “em projetos mais colaborativos” tanto na área da investigação como da produção, com ganhos em termos de custos e de tempo.
Para a decisiva aposta na sustentabilidade e na economia circular, o presidente da CCDR-Norte, António Cunha, explicou que o Programa Norte 2030 continua a ter diversos mecanismos de apoio. E “é agora ou nunca”, como frisou o investigador Paulo Ferrão, referindo-se às mudanças por que o têxtil tem de passar para se envolver na revolução verde.
No programa para esta tarde das Digital Talks as conversas andam à volta da Sustentabilidade e Economia Circular (14h), Sistemas Têxteis Inteligentes (15h) e Integração Digital da cadeia de Abastecimento (16h30).