10 janeiro 22
Indústria

T

Moda enfrenta inflação e guerra cibernética em 2022

O efeito combinado da crise da cadeia de fornecimentos vai levar a um aumento do preço do vestuário em pelo menos 3% no próximo ano, de acordo com um estudo ‘The Business of Fashion’, da consultora McKinsey. Mas aquele valor é apenas a média: o estudo indica que mais de 15% das empresas envolvidas (cerca de 220) espera aumentar os preços acima dos 10%.

De acordo com o relatório, as pressões inflacionistas são causadas por uma combinação de escassez de matérias-primas e de aumento dos custos de transporte – a que em alguns países será de acrescentar o aumento dos preços da energia – e muitas empresas, principalmente as maiores, já anteciparam esses aumentos.

Walmart, Best Buy e Macy’s, entre outros, anteciparam o aumento dos preços e fizeram grandes encomendas. Tiveram gastos suplementares em termos de gestão de stocks, mas aumentaram as suas margens em muitos pontos percentuais quando conseguiram vender as aquisições aos novos preços inflacionados praticados entretanto.

Outro fator a ser considerado, diz o estudo da McKinsey, é o crescimento das vendas de roupa reciclada e o aumento da procura de roupa em segunda mão. Estes dois fatores combinados vão diminuir as vendas de vestuário e as empresas devem preparar-se para isso. Neste contexto, uma das apostas das empresas, diz a consultora, é a aposta “nos têxteis circulares” – mas também, recorda, a evidenciação dessa aposta por via da autenticação das marcas.

Finalmente, a McKinsey recorda que o aumento das vendas online, das reuniões via Zoom e das feiras virtuais implicará necessariamente um maior grau de exposição à pirataria informática. O sector ainda não conheceu nenhum ataque cibernético digno de nota, mas a consultora refere que “as empresas devem fortalecer as defesas” nesta área.

Partilhar