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As vendas de marcas de luxo subiram 36% em 2021 no mercado chinês, mas o bom ritmo de crescimento diminuiu face aos 48% registados em 2020, segundo um relatório da Bain & Company. A tensão comercial com os Estados Unidos e a pandemia são apontadas como as causas da desaceleração, que deverá continuar em 2022.
“Após dois anos de crescimento extraordinário na China, esperamos que ocorra um crescimento mais moderado em 2022”, alerta a consultora, acrescentando que a continuação dos surtos de Covid-19 ao longo de 2022 impactará negativamente os negócios.
Além disso, a Bain&Company destaca que as diferenças entre os consumidores de luxo chineses e de outras origens estão a acentuar-se, nomeadamente no que tem a ver com a digitalização do negócio (as compras online cresceram apenas 30%). De qualquer modo, a consultora espera que, embora a um ritmo mais lento, o consumo de marcas de luxo continue a crescer na China e se posicione como o maior mercado daquela gama em 2025.
Por categoria de produto, a marroquinaria de luxo foi o item que mais cresceu em 2021, com um aumento de 60%. Seguiu-se o vestuário de moda de luxo, cujo consumo no país asiático subiu 40% em 2021.
O relatório identifica três tendências que devem moldar o mercado de luxo nos próximos anos: compras isentas de impostos na Ilha de Hailan, maior digitalização e o regresso das viagens internacionais.