22 julho 22
Moda

Ana Rodrigues

Maria Gambina no digital para se aproximar do mercado

Maria Gambina, a designer de Oliveira de Azeméis radicada no Porto e com mais de 30 anos de carreira, estreou-se no passado junho no mundo digital. Dedicada a um público jovem, fiel à sua identidade expressiva, com grande capacidade de adaptação e com originalidade nos materiais que utiliza, a designer lançou assim um novo modelo de negócio.

No espaço digital figuram peças femininas e masculinas pautadas pelo seu jogo de cores, padrões e elementos gráficos, mas, mais que uma loja online, o espaço é um local que permite aceder a todo o mundo criativo da designer. E é também uma plataforma para gerar mais interesse e curiosidade nos clientes, para que estes se desloquem ao espaço físico, conheçam a roupa de perto e estabeleçam uma relação de proximidade com a criadora. Porém, a parte comercial não fica esquecida, como afirma: “Aquele trabalho é para vender, por isso, se essa é a minha maior preocupação, tenho que estar a par da realidade. Tenho que trabalhar para chegar ao maior número de pessoas”.

Afastada da indústria entre 2013 e 2018 para se dedicar ao ensino onde orientou 150 coleções, alcançou ainda mais segurança no seu processo criativo, mas assistiu igualmente àquilo que foi o boom digital da indústria da moda. Ora, com o regresso em 2018, abriu novamente a loja, colocou as peças novamente à venda e, com o surto pandémico, decidiu apostar na construção do site.

Inserida na coleção de primavera-verão 22 ‘Furadouro’, a nova coleção ‘mg Love Boat’ assinada por João Bettencourt Bacelar e Maria Gambina, encontra-se disponível online e na loja física na Foz do Porto. ‘mg Love Boat’ constitui-se de três peças inéditas e diferenciadoras construídas dos materiais de um barco insuflável furado, que, inspiradas pela II Conferência dos Oceanos das Nações Unidas que decorreu recentemente, pretendem demonstrar que também o design contribui para desenvolver soluções sustentáveis.

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