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Algumas das maiores marcas de moda do mundo estão a mentir sobre a produção das suas roupas, que apresentam como mais sustentáveis e amigas do ambiente do que realmente são. A conclusão é da Changing Markets Foundation, que diz que o logro é também comum nas marcas de luxo.
Citado pelo canal Euronews, o relatório descreve que a situação é comum tanto nas marcas de rua, como nas de luxo, apontando nomes como ASOS, H&M ou Zara. “A ASOS foi apanhada a mentir aos seus clientes. Um par de calças diz ser ‘mono-material’ e, portanto, projetado para ser reciclado. Contudo, o produto é na verdade uma mistura de 54% de nylon e 46% de poliéster, impossível de reciclar com a tecnologia atual ”, relatam os autores.
Os resultados mostram que 60% das empresas de moda britânicas e europeias enganam os consumidores, já que a maioria dos fundamentos de sustentabilidade invocados, desrespeita de alguma forma as diretrizes da Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido.
“Estas diretrizes estabelecem princípios aos quais as alegações verdes devem aderir, como a necessidade de ser preciso e não ocultar informações relevantes aos consumidores”, disse George Harding-Rolls, consultor de campanha da Changing Markets, citado pelo Euronews.
O relatório indica ainda que 96% dos consumidores se queixam de que a H&M desrespeita as diretrizes da Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido e 89% diz que a ASOS fornece informações falsas sobre a sustentabilidade dos seus produtos. O estudo aponta ainda as quatro marcas mais viciadas em fibras baseadas em combustíveis fósseis: Boohoo (85% dos produtos contém fibras sintéticas); Walmart (80%) UNIQLO (79%) e Forever 21 (78%).