19 agosto 21
Design

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Lusófona inova nas tecnologias tradicionais da Guarda

A Universidade Lusófona está a desenvolver um projeto inovador com recurso às tecnologias tradicionais da região da Guarda, que durante algumas décadas representaram o sustento de várias famílias que viviam exclusivamente desta atividade: tecelagem do cobertor de papa, cestaria de vime e de castanho e cutelaria.

O projeto é liderado por Alexandra Cruchinho, professora e investigadora da Universidade Lusófona, que vê nestas tradições um elevado potencial para a promoção e diferenciação do design e da identidade portuguesas. O projeto não tem como foco apenas o design, mas tem uma forte preocupação com a sustentabilidade social e a valorização e eternização de saberes ancestrais que tendem a desaparecer.

As tecnologias em estudo serão o mote para a realização de 18 residências artísticas com designers e artistas de renome nacional nas áreas da Moda, Interiores, Equipamento, Tapeçaria e ainda nas novas tecnologias (som, vídeo, fotografia e artes dos media).

Nas residências artísticas, os jovens estudantes e à procura do primeiro emprego, designers, artistas de renome e artesãos irão desenvolver propostas de novos produtos resultantes da reinterpretação do artesanato da região, podendo inclusivamente criar produtos que conjuguem duas tecnologias tradicionais distintas.

As residências nas áreas das novas tecnologias pretendem registar imagens testemunhos, saberes que poderão vir a ser conteúdos de um centro de interpretação. Os produtos resultantes serão expostos em diferentes locais nacionais quer em feiras internacionais.

Pretende-se com este projeto, adiantam os seus promotores, desenvolver investigação em torno destas tecnologias, fomentar a criação de auto emprego e/ou de start ups, dinamizar o meio empresarial na área, valorizar os saberes e perpetuá-los e valorizar o contributo de pessoas idosas, artesãos com uma participação mais ativa na comunidade.

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