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Apesar da moda ser o pão com manteiga da atividade da Luís Azevedo, a empresa de Guimarães começou a olhar com interesse para a procura crescente de vestuário desportivo e por isso resolveu estrear-se na ISPO, onde está a expor a sua linha Tech, vocacionada para desporto.
“A moda é o mais importante para nós, mas esta aposta no desporto já estava a ser amadurecida há algum tempo e faz parte da nossa estratégia para ultrapassar a conjuntura difícil que vivemos. Nos últimos meses temos sentido uma quebra nas encomendas”, conta Sílvia Azevedo, administradora da empresa, acrescentando que a baixa nos preços das matérias-primas é claramente um sintoma de mau tempo.
Apesar de todas estas condicionantes, 2022 está a ser “um ano interessante e melhor do que o esperado”, para a Luís Azevedo, que espera fechar o exercício com um volume de negócios na ordem dos 10 milhões de euros e bons resultados.
Fibras 100% recicladas, misturas com fibras biodegradáveis, as fibras kapok naturais e muito leves, misturas de cânhamo com poliéster reciclado, malhas circulares, acabamentos hidrófilos que absorvem e repelem a humidade são algumas das características da linha Tech que a Luís Azevedo está a expor em Munique.
“O futuro? Não escondo que estamos apreensivos, mas também com alguma confiança. A têxtil já viveu situações mais difíceis e sempre soube dar-lhes a volta”, conclui Sílvia Azevedo, que, em 1996, com a sua irmã Lena e o pai Luís resolveram fundar uma empresa 100% Azevedo, saindo da companhia onde trabalhavam os três e devo dizer que o pai era sócio.